sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Feliz Dia dos PROFESSORES!

Olá pessoal, ultimamente está um pouco difícil escrever. Uma pela inspiração que tem ficado um pouco distante de mim e outra pelo tempo um pouco apertado.
Já havia começado o texto, mas não tinha terminado. 
Agora ta proto!

Em primeiro lugar gostaria de parabenizar todos os professores(as)! Tudo o que sou hoje é porque tive professores que me ajudaram a lapidar o meu caráter, personalidade, comportamento, enfim, o que sou. Assim como qualquer um de vocês! Claro que a maior parte vem do berço, da família, mas que aqueles têm uma grande parcela na caminhada não tenha dúvida.
 
Venho de uma família na qual há muitos professores. Minha mãe e meu pai são professores. Um verdadeiro orgulho.
Antes de ingressar na faculdade de Medicina, andei me aventurando como professor particular. Amo a profissão de professor. Um dia ainda serei professor de Medicina. 
Entretanto, não vim aqui falar sobre meus planos futuros e sim para para falar dos Professores(as).

Como disse antes, meus pais são professores. Cresci vendo o vai-e-vem deles. Meu pai um pouco menos porque era só meio período, mas minha mãe eram dois - matutino e vespertino. 


Lembro quando pequeno ia na escola da minha mãe durante a tarde e ficava por lá (era pertinho - 2 quadras da minha casa). Todos os alunos adoravam minha mãe. No intervalo das aulas os alunos não desgrudavam. Lanchavam correndo e voltavam para, simplismente, ficar perto da professora. Era cativante. 

Lembro que as vezes saía na rua e encontrava alguns alunos da minha mãe ou quando fazia novas amizades em que meus novos amigos iam a minha casa e logo quando chegavam olhavam minha mãe ou meu pai e já soltavam aquilo que era uma das frases mais comum para mim: "Professora Dalva, tudo bem? Ela é sua mãe?" ou "Oi professor Luiz. Ele é seu pai?"
Isso acontecia por todos os lados. Onde ia com minha mãe ou meu pai todos os conheciam no bairro e a maioria destes conhecidos haviam sido alunos deles. 
Cresci vendo isso e, sinceramente, era muito, muito gratificante. Muito legal!

Bem o que não era gratificante - e continua não sendo - é a remuneração deles. Deles professores. como diria o Prof. Raimndo: "E o salário? oh!" - ver foto ao lado. Rsrs

E não é só isso.

Minha mãe hoje está aposentada e meu pai falta pouco. Minha mãe, antes de aposentar, freqüentava, muito, o fonoaudiólogo. Isso era, é, um dos preços que se paga por ser professor durante muito tempo. A voz não agüenta! 
O corpo também não agüenta certo dias. Ou você acha que é fácil ficar horas parado de pé e ainda por cima falando. Cinco vezes por semana.
Minha mãe esta no ensino fundamental. Imagine, agora, tudo o anterior somado a toda agitação que estas crianãs têm! Não é fácil. 
Tudo isso e no fim das contas não ter um salário digno ou no mínimo um reconhecimento da sociedade, no caso, a prefeitura ou o estado, ou até mesmo das pessoas.

Esta semana o Jornal Hoje, da Rede Globo, fez algumas matérias de professores que fazem sacrifícios para levar adiante o sonho de ser professor. O sonho de querer mudar as coisas, de mudar o mundo, as pessoas. 
Há algumas semanas o programa Globo Reporte, da Rede Globo, mostrou o compartamento de alunos que são agressivos com os professores. Professores que tiveram carros destruídos por alunos, aliás, vagabundos, marginais que se passam por alunos e que amedrontam aqueles que querem fazer da vida destes algo melhor; que querem abrir as portas do caminho do bem, de uma nova vida.
Foram exibidos, também, casos de professores que foram espancados por alunos. Onde vários se juntaram para isso e não havia outros tantos para brecar essa idéia perversa. Uma ação coletiva de marginais. E não é somente em um lugar que isso acontece; é no Brasil inteiro.
Fiquei comovido com o depoimento de um professor que disse que perdeu o gosto pela profissão. Perdeu o sonho o desejo que havia dentro dele. Ele relatou que tem medo, isso mesmo, MEDO de entrar na sala de aula. O lugar onde ele tinha o maior prazer de estar, agora, é o pior.
Como pode alguém fazer algo assim a ponto de destruir o sonho do seu próximo. Seu semelhante. E o pior é que ele foi espancado e teve o carro todo destruído. E os pais dos marginais ficaram idignados pelo modo como seus filhos estavam sendo tratados. Os marginais foram processados. Todos. Deveriam ficar presos cinco vezes mais o tempo que o pobre professor levasse para o medo de entrar na sala de aula passasse. Ou mais, muito mais!

Não sei onde está o erro. Mas faço idéia. Como já diziam os psicólogos: "O Homem é produto do meio!". Sendo assim, se eu vejo violência e pornografia - o quem mais há na televisão hoje em dia - eu vou ser pornográfico e violento. Se eu vejo coisas boas serei uma boa pessoa. Parece mito, mas é a verdade.
Como disse no post anterior: "A culpa não é da criança. É nossa!".
Se eu parar de dar ibope para a novela que mostra pornografia, certamente a emissora vai mudar a grade de programas dela porque ela tem que vender o produto ou caso contrário ela quebra.

Por último, queria deixar um relato da minha aula de pediatria desta semana.
Meu professor recebeu, no seu consultório, um menino de 7 anos uns anos atrás,  na época do acidente de 11 de setembro de 2001, nos EUA (clique aqui para saber mais http://pt.wikipedia.org/wiki/Ataques_de_11_de_Setembro_de_2001 ). O menino andava muito quieto e com atitudes algo estranhas que foi o motivo pelo qual a mãe o levou a consultar.
Eis que no meio da consulta o menino, queito, olhando para a janela diz: "Não vejo a hora de ser grande!". O pediatra perguntou então o porque e o pequeno responde: "Ta vendo aquele prédio grande? Para me jogar direto contra ele e explodir!".

Precisa dizer mais alguma coisa??

Abraços a todos vocês e FELIZ DIA DOS PROFESSORES (atrasado), mas de coração!

Um comentário:

Anônimo disse...

futuro médico e escritor...muito boa sorte nas duas coisas e quando atualizar o blog avise...beijos...
Giovana